quarta-feira, 21 de outubro de 2009

ANATOMIA DO OLHO












ANATOMIA EXTERNA DO OLHO

Os olhos localizam-se em duas cavidades ósseas denominadas órbitas. As órbitas alojam os olhos, seus músculos, nervos, vasos sangüíneos, tecido adiposo (gordura) e grande parte do aparelho lacrimal.
O globo ocular (olho) tem forma ovalada, ocupa 1/3 da cavidade orbitária e mede cerca de 24 mm de diâmetro antero-posterior, podendo ser maior ou menor.É preciso estar atento ao tamanho, brilho, cor e transparência das diversas estruturas do olho. Os dois olhos devem ser do mesmo tamanho, as pálpebras devem fechar totalmente e abrir o suficiente para a criança enxergar, sem a necessidade de assumir posições viciosas com a cabeça.

As estruturas anatômicas visíveis do olho são:

Esclera: membrana responsável pela proteção do olho;

Córnea: corresponde à parte transparente do olho; é a superfície de maior poder de refração do olho, ponto inicial da convergência que visa formar a imagem na retina;

Pupila: controla a entrada e a quantidade de estímulos luminosos; para cumprir esta função ela se dilata em ambientes com pouca luz e se contrai em ambientes luminosos;

Íris: O disco colorido dos olhos; através de seus músculos, a pupila se dilata e se contrai;

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ANATOMIA INTERNA DO OLHO











As estruturas anatômicas internas do olho:

Cristalino :é a lente dos olhos. É um citosistema altamente organizado que se localiza entre a íris e o humor vítreo.

Humor vítreo: é a substância gelatinosa e viscosa, formada por uma substância amorfa semilíquida, fibras e células.

Esclerótica: “branco do olho”, é recoberta por uma membrana transparente e brilhante denominada conjuntiva, a qual também reveste a face interna das pálpebras.

Retina: é uma parte do olho responsável pela formação de imagens, ou seja, pelo sentido da visão. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico.

Nervo óptico: tem função exclusivamente sensitiva. Transporta as sensações visuais do olho para o cérebro (penetrando no crânio pelo canal óptico).

Mácula:é um ponto ovalado de cor amarela junto ao centro da retina do olho humano.É onde se encontra a maior densidade de células cone do olho, responsáveis pela visão de cores. Essa alta densidade de cones faz com que a mácula seja o ponto do olho onde enxergamos com a maior clareza e definição.

Os anexos do olho:

Têm o objetivo de proteger e dar movimento aos olhos. São representados por: sobrancelhas, pálpebras, cílios, conjuntiva, aparelho lacrimal, músculos extrínsecos e corpo adiposo orbitário.
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FISIOLOGIA DO OLHO

O olho é um órgão do aparelho visual, altamente especializado e fotossensível que, associado às vias ópticas e aos centros visuais, compõe as estruturas sensoriais responsáveis pelo processamento dos estímulos visuais.
Os olhos transmitem constantes correntes de imagens para o cérebro por sinais elétricos. Eles recebem informações através de raios luminosos. Quando olhamos um objeto, os raios luminosos refletidos penetram nossos olhos. A luz é refratada pela córnea e passa através do humor aquoso, pupila e cristalino. A íris controla a entrada de luz. A lente focaliza a luz através do humor vítreo na retina, formando uma imagem inversa e invertida.
Na retina, células sensíveis à luz transmitem a imagem para o cérebro através de sinais elétricos. O cérebro “vê” a imagem reta.A retina é a estrutura mais interna. É uma membrana de múltiplas camadas de tecido neural, firmemente fixa a uma única camada de células epiteliais pigmentadas, que por sua vez, é ligada à membrana de Bruch. Sua extremidade anterior é presa ao epitélio pigmentar. Posteriormente, o nervo óptico fixa a retina à parede do globo. Sua espessura varia entre 0,1 e 0,23 mm. Ela é mais delgada na fóvea – o centro da mácula.A retina é composta de um delicado tecido altamente organizado, constituído de 10 camadas histológicas, dentre elas, os cones, responsáveis pela visão de cores e pela visão de detalhes (por exemplo, a leitura), e os bastonetes, responsáveis pela visão em preto e branco e pela visão periférica (orientação e mobilidade).
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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

MEIOS DE COMUNICAÇÃO DO SURDOCEGO

TADOMA

Quando falamos em tadoma, estamos nos referindo ao método de vibração do ensino da fala. A criança que está sendo ensinada no tadoma tem que colocar uma e inicialmente às duas mãos na face da pessoa que está falando. Com bastante treino e prática a possibilidade de se comunicar através deste método tende a ser grande.


Assista ao vídeo para entender melhor...

http://www.youtube.com/watch?v=7u3Rpwqjwss



INTÉRPRETES E LÍNGUA DE SINAIS:
- O meio mais comum.
Nascendo-se surdo, a língua materna é a de sinais. O acréscimo da perda visual restringe seu uso conhecido, visuo-espacial, para ser adaptada, tornando-se, cinestésica-espacial, ou seja, o surdocego visualiza mentalmente características de cada sinal através do movimento. Já o intérprete do surdocego que na maioria das vezes exerce também a função de guia, guia-intérprete, é um agente extremamente capacitado. É através dele que a pessoa surdocega alcança o mundo circundante. É imprescindível que o guia intérprete conheça os meios de comunicação comumente utilizados, para que possa comunicar-se eficazmente com o surdocego.

CCTV:
Apoio de Leitura. O CCTV amplia a figura até sessenta vezes o seu tamanho. Com sua ajuda pode ler e escrever mesmo que a visão residual seja muito pobre.

BRAILLE:
A técnica braille consiste-se de pontos em relevo que combinados formam letras. Para escrevê-los usamos uma chapa, também chamada de reglete, e um punção. Usamos também uma brailler - máquina de escrever constituída de seis teclas. Uma característica importante da técnica braille, é que ela independe de materiais físicos como o reglete, o punção ou a brailler para ser comunicativa. Apenas devemos entender que a técnica braille constitui-se de "seis pontos não obrigatoriamente em relevo" para estabelecer uma comunicação ou seja, onde houver a possibilidade de trabalharmos "seis pontos" a técnica braille estará sendo usada e bem aceita.

TELLETHOUCH - Aparelho de Conversação
Este aparelho tem teclado de uma máquina braille e um teclado normal. O teclado braille assim como o teclado normal levantam na parte de trás do aparelho uma pequena chapa de metal, a cela braille, uma letra de cada vez. A Tellethouch constitui-se, apesar de sua idade de criação, um dos principais meios de interação do surdocego com outras pessoas. Ao interlocutor do surdocego basta saber ler. Sabendo ler precionará as teclas normais da tellethouch como se estivesse redigindo um texto escrito qualquer.

TABLITAS DE COMUNICAÇÃO
Fabricadas em plástico sólido, representam em relevo as letras e os números ordinários, assim como, caracteres do sistema braille. As letras e os números estão superpostos aos caracteres braille. O dedo da pessoa surdocega é levado de uma letra/número a outra(o) ou de um caracter à outro, estabelecendo desta forma a comunicação.

DIÁLOGOS - Fala Escrita
O diálogo inclui uma máquina braille/aparelho de escrita, uma máquina de escrever eletrônica, um gravador e uma conexão telefônica. A pessoa surdocega escreve na máquina braille. O texto é impresso no papel da máquina de escrever para a pessoa vidente ler e vice-versa. As conversas podem ser estocadas na memória do aparelho se assim for desajado. A pessoa que receber a conexão de telefone precisa do diálogos, um teletexto, uma impressora equipada com modem de um computador.

ALFABETO DACTICOLÓGICO
Cada uma das letras do alfabeto corresponde a uma determinada posição dos dedos da mão. Trata-se do alfabeto manual utilizado pelas pessoas surdas. Apenas que neste caso está adaptada à versão tátil.

LETRAS DE FORMA
Encontra aqui um método verdadeiramente simples. A única condição necessária para que funcione é que nosso interlocutor conheça as letras maiúsculas do alfabeto: As letras são feitas na palma da mão, ou em qualquer outra parte do corpo do surdocego, uma sobre a outra. O próprio dedo indicador do interloctor, ou o dedo do surdocego é usado como caneta.

SISTEMA PICTOGRÁFICO
Os símbolos de comunicação pictóricos - Picture Communication Symbols (PCS) fazem parte de um Sistema de Comunicação Aumentativa (CAA) que se refere ao recurso, estratégias e técnicas que complementam modos de comunicação existentes ou substituem as habilidades de comunicação existentes. Em síntese, o sistema pictográfico consiste-se de símbolos, figuras, etc, que significam ações, objetos, atividades que entre outras características podem servir como símbolos comunicativos, tanto receptivamente quanto expressivamente.

CONCLUSÃO
Em síntese a esta pequena contribuição gostaríamos de deixar claro que a qualidade essencial de qualquer vida satisfatória e recompensadora passa quase que exclusivamente por uma interação entre as pessoas. Há pessoas surdocegas que não possuem desenvolvida uma linguagem formal. Ainda assim, elas tem uma consciência muito forte de outras pessoas, situações, ambientes, objetos, etc....

Desta forma que acreditamos que comunicação não é apenas linguagem. Comunicação pode ser a "Linguagem Interna" que é construída de experiências de vida e esta, tem um poder tão grande que foge aos sentidos humanos; tem entre outras qualidades, a luz, o som, o ar, o toque, o movimento, a sabedoria e o talento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Comunicate Com Nosotros. Fundación ONCE Lerner Printing, S.A Madri, 1990.
Johnson, Roxanna M. The Picture Communication Symhols Guide Mayer - Johnson Company, 1998.
Shields, Ioan. Tadoma: O Método de Vibração do Ensino da Fala - Tolking Sense . Vol 34, nº 4 Winter 1988.
The Finnish Daf - Blind Association. Os meios de Comunicação do SurdocegoMimiografado, não datado.

Fonte:http://www.agapasm.com.br/artigo003.asp
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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Livros para crianças com deficiência visual


A escritora Gisele Pecchio apresenta os dois primeiros livros da Coleção Toby em edições impressas em braile e tinta com caracteres ampliados (corpo 24) para visão subnormal. Os originais já foram revisados pela autora, de acordo com a nova ortografia da língua portuguesa

Sobre a obra - O cão Toby é o protagonista das histórias da coleção, que iniciou com o livro Um Par de Asas para Toby (2003), depois Toby e os Mistérios da Floresta (2004) e agora Uma Aventura na Amazônia – Raycha (2008), cujos temas são voltados ao meio ambiente. Trata-se de um cão-caiçara amigo do menino-índio Ypê e dos pássaros da esquadrilha da fumaça, filhos da Juréia como ele. No terceiro livro da coleção, a trama se passa na Amazônia, onde Toby e seus novos amigos, entre eles a menina Laura e sua cachorra-guia Raycha, encontram o Xeique em Belém do Pará, na festa do Círio de Nazaré, a maior procissão religiosa do Brasil. De lá eles partem em direção a Manaus numa viagem repleta de aventuras e descobertas. O livro é uma homenagem aos povos da Amazônia e aos cultores das Ciências da Terra na pessoa do geógrafo brasileiro Prof. Aziz Nacib AbSáber (IEA-USP), orientador da autora, eternizado por meio da personagem Xeique, um mestre que ensina ao Toby e seus amigos o que eles precisam saber sobre a última grande floresta tropical do planeta.
Blog da autora: http://gpecchio.blogspot.com/

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De: Patricia Engel Secco





Obs: No mesmo livro: escrita braile (para crianças cegas) e ampliado (para crianças com baixa visão)

A Felicidade das Borboletas

Marcela tem nove anos e vai se apresentar, pela primeira vez, com a turma do balé. Ela é uma garota especial, pois é cega, mas mostra que para enxergar o mundo basta olhar as coisas com o coração. Ilustrações de Daniel Kondo.
Editora: Melhoramentos



O Grande DiaAquele era um grande dia para Rodrigo, um garoto muito especial que, desde pequeno, aprendeu a jogar xadrez. O time de futebol de sua classe estava na final do campeonato e a participação de Rodrigo seria decisiva para a conquista da vitória. Não dava para acreditar...Um ano atrás, ninguém imaginava que ele seria tão importante para algum time. Ainda mais de Futebol! Logo ele, que antes não conseguia sequer um parceiro para jogar xadrez na hora do recreio.

são da mesma autora:
- A Semente da Verdade
- O último que chegar é...
- A Lagoa Encantada

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De: Maurício de Souza




Obs: Gibi da Turma da Mônica em braile e ampliado










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Cláudia Cotes - Dorina viu

Dorina era uma menina esperta e sonhadora, que adorava brincar, empinar pipa e subir em árvore para comer maçãs vermelhas e contemplar o céu azul e as nuvens branquinhas. Um dia, porém, quando acordou, não conseguiu enxergar mais nada com os olhos. No início ficou triste, mas descobriu que há outras formas de "ver". O tempo passou, Dorina se tornou professora, criou uma fundação que produz livros em braille e divide sua descoberta com outras pessoas. Cláudia Cotes a conheceu e resolveu contar essa história de um jeito especial, com transcrição do texto e das ilustrações para o braille, para que todas as crianças - as que enxergam ou não - pudessem ler e provar que as diferenças podem conviver harmoniosamente. Paulinas Editora gostou da idéia e agora a publica na coleção Fazendo a diferença, que tem por objetivo último a educação inclusiva e a inserção dos deficientes visuais na comunidade.
Editora: Paulinas
Autor: CLAUDIA COTES
Origem: Nacional
Ano: 2007
Edição: 2
Número de páginas: 24

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Markiano Charan Filho

"Rodrigo Enxerga Tudo" Editora: Nova Alexandria.
O autor: MARKIANO CHARAN FILHO, ficou completamente cego logo que nasceu. Por isso, bem pequenino, já aprendeu Braille, uma forma de ler e escrever inventada especialmente para auxiliar deficientes visuais. E aí ninguém segurou Markiano: ele estudou prá valer, fez faculdade e tem dedicado sua vida na defesa dos direitos de outros deficientes. Além disso começou a escrever contos e crônicas e também literatura infantil.
"Rodrigo enxerga tudo":André tem um novo amigo na escola: é o Rodrigo, que foi transferido para lá de uma escola especial, que ele chama de "associação". Ele é deficiente visual, mas seus novos amigos percebem que ele tem outras formas de enxergar, jeitos diferentes de "ver" as coisas. E como todo mundo, tem talentos e pontos fracos com os quais tem que lidar.
"Rodrigo bom de bola" Editora Nova Alexandria:O autor mostra neste livro como os deficientes visuais podem praticar diversas modalidades de esportes e brincadeiras. Algumas delas poderão ser observadas nos jogos Pan-americanos. A inclusão escolar e social do deficiente através do esporte e da integração com crianças não portadoras de deficiências. Site da editora:www.novaalexandria.com.br