quarta-feira, 21 de outubro de 2009

ANATOMIA DO OLHO












ANATOMIA EXTERNA DO OLHO

Os olhos localizam-se em duas cavidades ósseas denominadas órbitas. As órbitas alojam os olhos, seus músculos, nervos, vasos sangüíneos, tecido adiposo (gordura) e grande parte do aparelho lacrimal.
O globo ocular (olho) tem forma ovalada, ocupa 1/3 da cavidade orbitária e mede cerca de 24 mm de diâmetro antero-posterior, podendo ser maior ou menor.É preciso estar atento ao tamanho, brilho, cor e transparência das diversas estruturas do olho. Os dois olhos devem ser do mesmo tamanho, as pálpebras devem fechar totalmente e abrir o suficiente para a criança enxergar, sem a necessidade de assumir posições viciosas com a cabeça.

As estruturas anatômicas visíveis do olho são:

Esclera: membrana responsável pela proteção do olho;

Córnea: corresponde à parte transparente do olho; é a superfície de maior poder de refração do olho, ponto inicial da convergência que visa formar a imagem na retina;

Pupila: controla a entrada e a quantidade de estímulos luminosos; para cumprir esta função ela se dilata em ambientes com pouca luz e se contrai em ambientes luminosos;

Íris: O disco colorido dos olhos; através de seus músculos, a pupila se dilata e se contrai;

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ANATOMIA INTERNA DO OLHO











As estruturas anatômicas internas do olho:

Cristalino :é a lente dos olhos. É um citosistema altamente organizado que se localiza entre a íris e o humor vítreo.

Humor vítreo: é a substância gelatinosa e viscosa, formada por uma substância amorfa semilíquida, fibras e células.

Esclerótica: “branco do olho”, é recoberta por uma membrana transparente e brilhante denominada conjuntiva, a qual também reveste a face interna das pálpebras.

Retina: é uma parte do olho responsável pela formação de imagens, ou seja, pelo sentido da visão. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico.

Nervo óptico: tem função exclusivamente sensitiva. Transporta as sensações visuais do olho para o cérebro (penetrando no crânio pelo canal óptico).

Mácula:é um ponto ovalado de cor amarela junto ao centro da retina do olho humano.É onde se encontra a maior densidade de células cone do olho, responsáveis pela visão de cores. Essa alta densidade de cones faz com que a mácula seja o ponto do olho onde enxergamos com a maior clareza e definição.

Os anexos do olho:

Têm o objetivo de proteger e dar movimento aos olhos. São representados por: sobrancelhas, pálpebras, cílios, conjuntiva, aparelho lacrimal, músculos extrínsecos e corpo adiposo orbitário.
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FISIOLOGIA DO OLHO

O olho é um órgão do aparelho visual, altamente especializado e fotossensível que, associado às vias ópticas e aos centros visuais, compõe as estruturas sensoriais responsáveis pelo processamento dos estímulos visuais.
Os olhos transmitem constantes correntes de imagens para o cérebro por sinais elétricos. Eles recebem informações através de raios luminosos. Quando olhamos um objeto, os raios luminosos refletidos penetram nossos olhos. A luz é refratada pela córnea e passa através do humor aquoso, pupila e cristalino. A íris controla a entrada de luz. A lente focaliza a luz através do humor vítreo na retina, formando uma imagem inversa e invertida.
Na retina, células sensíveis à luz transmitem a imagem para o cérebro através de sinais elétricos. O cérebro “vê” a imagem reta.A retina é a estrutura mais interna. É uma membrana de múltiplas camadas de tecido neural, firmemente fixa a uma única camada de células epiteliais pigmentadas, que por sua vez, é ligada à membrana de Bruch. Sua extremidade anterior é presa ao epitélio pigmentar. Posteriormente, o nervo óptico fixa a retina à parede do globo. Sua espessura varia entre 0,1 e 0,23 mm. Ela é mais delgada na fóvea – o centro da mácula.A retina é composta de um delicado tecido altamente organizado, constituído de 10 camadas histológicas, dentre elas, os cones, responsáveis pela visão de cores e pela visão de detalhes (por exemplo, a leitura), e os bastonetes, responsáveis pela visão em preto e branco e pela visão periférica (orientação e mobilidade).
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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

MEIOS DE COMUNICAÇÃO DO SURDOCEGO

TADOMA

Quando falamos em tadoma, estamos nos referindo ao método de vibração do ensino da fala. A criança que está sendo ensinada no tadoma tem que colocar uma e inicialmente às duas mãos na face da pessoa que está falando. Com bastante treino e prática a possibilidade de se comunicar através deste método tende a ser grande.


Assista ao vídeo para entender melhor...

http://www.youtube.com/watch?v=7u3Rpwqjwss



INTÉRPRETES E LÍNGUA DE SINAIS:
- O meio mais comum.
Nascendo-se surdo, a língua materna é a de sinais. O acréscimo da perda visual restringe seu uso conhecido, visuo-espacial, para ser adaptada, tornando-se, cinestésica-espacial, ou seja, o surdocego visualiza mentalmente características de cada sinal através do movimento. Já o intérprete do surdocego que na maioria das vezes exerce também a função de guia, guia-intérprete, é um agente extremamente capacitado. É através dele que a pessoa surdocega alcança o mundo circundante. É imprescindível que o guia intérprete conheça os meios de comunicação comumente utilizados, para que possa comunicar-se eficazmente com o surdocego.

CCTV:
Apoio de Leitura. O CCTV amplia a figura até sessenta vezes o seu tamanho. Com sua ajuda pode ler e escrever mesmo que a visão residual seja muito pobre.

BRAILLE:
A técnica braille consiste-se de pontos em relevo que combinados formam letras. Para escrevê-los usamos uma chapa, também chamada de reglete, e um punção. Usamos também uma brailler - máquina de escrever constituída de seis teclas. Uma característica importante da técnica braille, é que ela independe de materiais físicos como o reglete, o punção ou a brailler para ser comunicativa. Apenas devemos entender que a técnica braille constitui-se de "seis pontos não obrigatoriamente em relevo" para estabelecer uma comunicação ou seja, onde houver a possibilidade de trabalharmos "seis pontos" a técnica braille estará sendo usada e bem aceita.

TELLETHOUCH - Aparelho de Conversação
Este aparelho tem teclado de uma máquina braille e um teclado normal. O teclado braille assim como o teclado normal levantam na parte de trás do aparelho uma pequena chapa de metal, a cela braille, uma letra de cada vez. A Tellethouch constitui-se, apesar de sua idade de criação, um dos principais meios de interação do surdocego com outras pessoas. Ao interlocutor do surdocego basta saber ler. Sabendo ler precionará as teclas normais da tellethouch como se estivesse redigindo um texto escrito qualquer.

TABLITAS DE COMUNICAÇÃO
Fabricadas em plástico sólido, representam em relevo as letras e os números ordinários, assim como, caracteres do sistema braille. As letras e os números estão superpostos aos caracteres braille. O dedo da pessoa surdocega é levado de uma letra/número a outra(o) ou de um caracter à outro, estabelecendo desta forma a comunicação.

DIÁLOGOS - Fala Escrita
O diálogo inclui uma máquina braille/aparelho de escrita, uma máquina de escrever eletrônica, um gravador e uma conexão telefônica. A pessoa surdocega escreve na máquina braille. O texto é impresso no papel da máquina de escrever para a pessoa vidente ler e vice-versa. As conversas podem ser estocadas na memória do aparelho se assim for desajado. A pessoa que receber a conexão de telefone precisa do diálogos, um teletexto, uma impressora equipada com modem de um computador.

ALFABETO DACTICOLÓGICO
Cada uma das letras do alfabeto corresponde a uma determinada posição dos dedos da mão. Trata-se do alfabeto manual utilizado pelas pessoas surdas. Apenas que neste caso está adaptada à versão tátil.

LETRAS DE FORMA
Encontra aqui um método verdadeiramente simples. A única condição necessária para que funcione é que nosso interlocutor conheça as letras maiúsculas do alfabeto: As letras são feitas na palma da mão, ou em qualquer outra parte do corpo do surdocego, uma sobre a outra. O próprio dedo indicador do interloctor, ou o dedo do surdocego é usado como caneta.

SISTEMA PICTOGRÁFICO
Os símbolos de comunicação pictóricos - Picture Communication Symbols (PCS) fazem parte de um Sistema de Comunicação Aumentativa (CAA) que se refere ao recurso, estratégias e técnicas que complementam modos de comunicação existentes ou substituem as habilidades de comunicação existentes. Em síntese, o sistema pictográfico consiste-se de símbolos, figuras, etc, que significam ações, objetos, atividades que entre outras características podem servir como símbolos comunicativos, tanto receptivamente quanto expressivamente.

CONCLUSÃO
Em síntese a esta pequena contribuição gostaríamos de deixar claro que a qualidade essencial de qualquer vida satisfatória e recompensadora passa quase que exclusivamente por uma interação entre as pessoas. Há pessoas surdocegas que não possuem desenvolvida uma linguagem formal. Ainda assim, elas tem uma consciência muito forte de outras pessoas, situações, ambientes, objetos, etc....

Desta forma que acreditamos que comunicação não é apenas linguagem. Comunicação pode ser a "Linguagem Interna" que é construída de experiências de vida e esta, tem um poder tão grande que foge aos sentidos humanos; tem entre outras qualidades, a luz, o som, o ar, o toque, o movimento, a sabedoria e o talento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Comunicate Com Nosotros. Fundación ONCE Lerner Printing, S.A Madri, 1990.
Johnson, Roxanna M. The Picture Communication Symhols Guide Mayer - Johnson Company, 1998.
Shields, Ioan. Tadoma: O Método de Vibração do Ensino da Fala - Tolking Sense . Vol 34, nº 4 Winter 1988.
The Finnish Daf - Blind Association. Os meios de Comunicação do SurdocegoMimiografado, não datado.

Fonte:http://www.agapasm.com.br/artigo003.asp
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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Livros para crianças com deficiência visual


A escritora Gisele Pecchio apresenta os dois primeiros livros da Coleção Toby em edições impressas em braile e tinta com caracteres ampliados (corpo 24) para visão subnormal. Os originais já foram revisados pela autora, de acordo com a nova ortografia da língua portuguesa

Sobre a obra - O cão Toby é o protagonista das histórias da coleção, que iniciou com o livro Um Par de Asas para Toby (2003), depois Toby e os Mistérios da Floresta (2004) e agora Uma Aventura na Amazônia – Raycha (2008), cujos temas são voltados ao meio ambiente. Trata-se de um cão-caiçara amigo do menino-índio Ypê e dos pássaros da esquadrilha da fumaça, filhos da Juréia como ele. No terceiro livro da coleção, a trama se passa na Amazônia, onde Toby e seus novos amigos, entre eles a menina Laura e sua cachorra-guia Raycha, encontram o Xeique em Belém do Pará, na festa do Círio de Nazaré, a maior procissão religiosa do Brasil. De lá eles partem em direção a Manaus numa viagem repleta de aventuras e descobertas. O livro é uma homenagem aos povos da Amazônia e aos cultores das Ciências da Terra na pessoa do geógrafo brasileiro Prof. Aziz Nacib AbSáber (IEA-USP), orientador da autora, eternizado por meio da personagem Xeique, um mestre que ensina ao Toby e seus amigos o que eles precisam saber sobre a última grande floresta tropical do planeta.
Blog da autora: http://gpecchio.blogspot.com/

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De: Patricia Engel Secco





Obs: No mesmo livro: escrita braile (para crianças cegas) e ampliado (para crianças com baixa visão)

A Felicidade das Borboletas

Marcela tem nove anos e vai se apresentar, pela primeira vez, com a turma do balé. Ela é uma garota especial, pois é cega, mas mostra que para enxergar o mundo basta olhar as coisas com o coração. Ilustrações de Daniel Kondo.
Editora: Melhoramentos



O Grande DiaAquele era um grande dia para Rodrigo, um garoto muito especial que, desde pequeno, aprendeu a jogar xadrez. O time de futebol de sua classe estava na final do campeonato e a participação de Rodrigo seria decisiva para a conquista da vitória. Não dava para acreditar...Um ano atrás, ninguém imaginava que ele seria tão importante para algum time. Ainda mais de Futebol! Logo ele, que antes não conseguia sequer um parceiro para jogar xadrez na hora do recreio.

são da mesma autora:
- A Semente da Verdade
- O último que chegar é...
- A Lagoa Encantada

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De: Maurício de Souza




Obs: Gibi da Turma da Mônica em braile e ampliado










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Cláudia Cotes - Dorina viu

Dorina era uma menina esperta e sonhadora, que adorava brincar, empinar pipa e subir em árvore para comer maçãs vermelhas e contemplar o céu azul e as nuvens branquinhas. Um dia, porém, quando acordou, não conseguiu enxergar mais nada com os olhos. No início ficou triste, mas descobriu que há outras formas de "ver". O tempo passou, Dorina se tornou professora, criou uma fundação que produz livros em braille e divide sua descoberta com outras pessoas. Cláudia Cotes a conheceu e resolveu contar essa história de um jeito especial, com transcrição do texto e das ilustrações para o braille, para que todas as crianças - as que enxergam ou não - pudessem ler e provar que as diferenças podem conviver harmoniosamente. Paulinas Editora gostou da idéia e agora a publica na coleção Fazendo a diferença, que tem por objetivo último a educação inclusiva e a inserção dos deficientes visuais na comunidade.
Editora: Paulinas
Autor: CLAUDIA COTES
Origem: Nacional
Ano: 2007
Edição: 2
Número de páginas: 24

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Markiano Charan Filho

"Rodrigo Enxerga Tudo" Editora: Nova Alexandria.
O autor: MARKIANO CHARAN FILHO, ficou completamente cego logo que nasceu. Por isso, bem pequenino, já aprendeu Braille, uma forma de ler e escrever inventada especialmente para auxiliar deficientes visuais. E aí ninguém segurou Markiano: ele estudou prá valer, fez faculdade e tem dedicado sua vida na defesa dos direitos de outros deficientes. Além disso começou a escrever contos e crônicas e também literatura infantil.
"Rodrigo enxerga tudo":André tem um novo amigo na escola: é o Rodrigo, que foi transferido para lá de uma escola especial, que ele chama de "associação". Ele é deficiente visual, mas seus novos amigos percebem que ele tem outras formas de enxergar, jeitos diferentes de "ver" as coisas. E como todo mundo, tem talentos e pontos fracos com os quais tem que lidar.
"Rodrigo bom de bola" Editora Nova Alexandria:O autor mostra neste livro como os deficientes visuais podem praticar diversas modalidades de esportes e brincadeiras. Algumas delas poderão ser observadas nos jogos Pan-americanos. A inclusão escolar e social do deficiente através do esporte e da integração com crianças não portadoras de deficiências. Site da editora:www.novaalexandria.com.br

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Dez conselhos sobre crianças com deficiências


As informações seguintes, desenvolvidas por Guldaban Habibi, encaram formas de ajudar crianças com deficiências a aprender num ambiente seguro e equiparado.
O Laboratório de Acessibilidade recebeu e divulga o texto enviado por Marina S. Rodrigues Almeida, do Instituto Inclusão Brasil - São Vicente -SP. (13) 34695176.
O texto original - Ten messages about children with disabilities - foi traduzido do inglês por Maria Amélia Vampré Xavier (Rede de Informações Área Deficiências, Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de S.Paulo; Fenapaes, Brasília - Diretoria para Assuntos Internacionais; Sorri Brasil, SP; Carpe Diem, SP; Rebrates, SP; Inclusion International):

1. Evite atitudes negativas estereotipadas sobre crianças com deficiências evitando palavras negativas tais como “incapaz”, “aleijada” ou “limitada” em vez de “uma criança com uma deficiência física ou de movimento”; “presa à cadeira de rodas” em vez de “uma criança que usa cadeira de rodas”, “surda muda” em vez de uma criança com deficiência de audição e de fala” ou “retardada” por “uma criança com deficiência intelectual.”
2. Descreva crianças com deficiências em status semelhante àquelas que não têm deficiências.Por exemplo, um aluno com uma deficiência pode instruir uma criança menor sem deficiência. Crianças com deficiências devem interagir com crianças não-deficientes no maior número possível de situações.
3. Deixe que crianças com deficiências falem por si mesmas e expressem seus pensamentos e sentimentos. Envolva crianças com e sem deficiências nos mesmos projetos e encoraje sua participação mútua.
4. Observe crianças e identifique deficiências. A detecção precoce de deficiências se tornou parte da educação da primeira infância.
5. Encaminhe a criança cuja deficiência for identificada para triagem de desenvolvimento e intervenção precoce.
6. Adapte as lições, os materiais de aprendizado e a sala de aula às necessidades de crianças com deficiências. Use meios como impressão em letras grandes, sente a criança na frente da classe, e torne a sala de aula acessível a uma criança com mobilidade reduzida. Integre idéias positivas acerca de deficiências no trabalho da classe, nas brincadeiras das crianças e outras atividades.
7. Sensibilize pais, famílias, e prestadores de cuidados acerca de necessidades especiais de crianças com deficiências. Converse com os pais em reuniões bem como em conversas de pessoa para pessoa.
8. Ensine a pais frustrados maneiras simples de enfrentar e monitorar as necessidades do filho e ajude-os a ter paciência a fim de evitar maus tratos à criança deficiente.
9. Oriente os irmãos e outros membros da família a fim de reduzir a dor e a frustração dos pais de crianças com deficiências sendo útil a eles.
10. Envolva ativamente os pais de crianças pequenas com deficiências como membros plenos da equipe ao planejar atividades na escola e depois da escola..

sábado, 25 de abril de 2009

Sugestões para Educação Infantil

SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL




· Explorar os objetos com mãos, pés, corpo, descobrindo sua textura e consistência
· Fazer uso de esquemas motores secundários: bater, puxar, sacudir, empurrar e levantar objetos de diferentes texturas e consistências
· Explorar os objetos, fazendo movimentos circulares com as mãos para reconhecer o formato e adquirir a noção do todo, associada à indicação visual
· Achar orifícios, detalhes, diferenças nos objetos, através da exploração visual ou tátil
· Oferecer objetos significativos como: talco, desodorante, xampu, embalagens, para reconhecimento e descoberta de uso e função
· Procurar objetos que caíram do lado, embaixo, na frente, atrás do corpo
· Propiciar experiências táteis e auditivas com objetos que façam o aluno sentir-se produtor do som ou do movimento: molas, canudos, bexigas
· Encaixar copos, latas, tampas, empilhar objetos de formatos e tamanhos diferentes, construir formas com esses objetos
· Oferecer objetos para reconhecimento e indicação do seu uso e função: telefone, escova, pente, sapato, carro, boneca, etc.
· Imitar ações e expressões
· Ajudar a descobrir as diferentes maneiras de usar os objetos. Por exemplo: colher serve para comer, sacola serve para colocar compras, brinquedos e roupas
· Explorar simultaneamente a forma, o tamanho e os detalhes dos objetos
· Vivenciar relações espaciais com o corpo e com objetos: entrar e sair de caixa, pneus, tubos
· Puxar, arrastar, empurrar objetos de tamanhos e peso diferentes
· Subir em caixas, cadeiras, mesa, banco, escadas, descobrindo as diferenças de altura, largura, profundidade
· Realizar movimentos atendendo ordens simples: abaixar, subir, pular
· Passar por dentro de arcos, de tubos, de cima para baixo, de baixo para cima, nomeando as posições
· Orientar-se em relação aos colegas: colocar-se à frente do colega na fila, às costas, ao lado
· Deslocar-se em direção ao som, em linha reta, fazendo o trajeto de ir e vir
· Posicionar-se em relação aos colegas, descobrindo pela voz, quem está perto e longe
· Descobrir objetos escondidos em diferentes posições, marcando com som quando está longe ou perto (está frio... está quente .... está esfriando.... está esquentando
· Orientar-se em relação a um objeto: colocar-se ao lado, dentro, fora, em cima
· Localizar e guardar objetos e brinquedos em armário
· Andar sobre cordas em linha reta: cordão de comprimentos diferentes
· Estabelecer sempre os mesmos horários e locais para a rotina desenvolvida, para que a criança possa antecipar, organizar-se e construir o mapa mental
· Vivenciar sequência de ações enfatizando o começo, o meio e o fim
· Andar em passos lentos/ rápidos com marcação rítmica do som
· Caminhar de acordo com duração de apito: curto/longo. Variar com tambor e chocalhos
· Descrever oralmente acontecimentos passados e futuros
· Realizar experiências enfatizando o antes e o depois
· Organizar caixas com sequência de atividades utilizando objetos que representam a ação que vai ser realizada, vivenciando o “agora, antes e depois”
· Familiarização da escola com sondagem do ambiente para identificar “pontos de referências e pistas”
· Utilizar brinquedos como pré-bengala (carrinho de boneca, cavalo de pau, raquete de tênis, etc) para localizar obstáculos
· Localizar janelas, portas e mobiliários da sala
· Caminhar entre os móveis e brinquedos em diferentes direções
· Caminhar no pátio, entre cordas paralelas, colocadas à altura da criança
· Caminhar entre obstáculos (construir caminhos, labirintos, com bloco de madeira, sacos de areia, etc)
· Informar ao aluno se as pessoas, os animais e os carros se aproximam ou se afastam do local comentando o que fazem
· Aproximar-se e afastar-se do aluno falando para que ele perceba se o professor ou colegas estão perto ou longe
· Sentir o calor do sol e os pingos da chuva
· Imitar movimentos e posições do corpo: caminhar, parar, abaixar, levantar, ajoelhar, engatinhar, flexionar braços, mãos e dedos
· Reconhecer objetos por semelhanças e diferenças, fazer pareação
· Separar massas, moedas, pedrinhas, descobrindo atributos semelhantes ou diferentes dos objetos
· Descrever as semelhanças entre os atributos
· Iniciar pequenas “coleções” com todas as crianças criando oportunidades de contagem
· Organizar “sacos surpresas” com objetos variados para que a criança verbalize os atributos desses objetos
· Fazer construções com objetos, sucatas grandes e pequenos
· Vestir e retirar roupas de bonecos de tamanhos diferentes
· Brincar com jogos simbólicos onde a criança vivencie várias situações do cotidiano mudando os papéis (feirinha, supermercado, escola, cabelereira, etc...)
· Preparar a mesa para o lanche, distribuindo os utensílios
· Preparar jogos como: memória com objetos e figuras (diferentes texturas)
· Realizar atividades que permitam à criança nomear objetos, pessoas, animais, plantas, etc...
· Participar de adivinhações simples ( o que é, o que é, através de pistas ou jogos orais)
· Criar histórias a partir de objetos concretos e fatos vividos e ajudar a criança a reproduzi-las
· Cantar músicas que descrevam ações e contenham gestos
· Planejar a rotina diária em conjunto, dando ênfase no que será feito ANTES e DEPOIS
· Fazer massinha de modelar
· Usando as mãos: passar manteiga no pão, torradas, descascar algumas frutas
· Descascar frutas e legumes e identificá-los através de atributos, semelhanças de tamanhos, cores, etc
· Identificar os diferentes tipos de alimentos durante a refeição
· Usar o guardanapo
· Identificar o direito e o avesso das roupas
· Lavar o rosto e pentear os cabelos
· Uso adequado do sanitário
· Aprender a assoar o nariz
· Brincar de tomar banho, ensaboar-se identificando as partes do corpo
· Abotoar e desabotoar botões, colchetes, primeiro em situações lúdicas como despir e vestir bonecos
· Brincadeiras de roda, jogos de tradições orais tais como: cantigas, parlendas, rimas, etc
· Brincadeiras de execução de ordens simples do tipo: O chefinho mandou colocar as mãos no pescoço, cotovelo, joelho, tornozelo, etc...
· Brincar de esconde-esconde onde a criança escondida será identificada por algumas pistas orais
· Jogos com rimas
· Elaborar brinquedos sonoros com sucatas, grãos, sementes .

PS:
- O professor pode indicar algumas destas sugestões para a família como uma forma de participação;
- Utilizar estas sugestões com as outras crianças (videntes), será gratificante para todos;
- O professor pode pedir que as crianças auxiliem o deficiente visual em algumas atividades.

A maioria dessas atividades foram extraídas do livro “O desenvolvimento Integral do portador de deficiência visual da Intervenção precoce a integração escolar" – Marilda Moraes Garcia Bruno

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O QUE É SURDOCEGUEIRA
Esta terminologia está sendo usada abandonando a palavra “surdo-cego” em defesa de que a condição imposta pela surdocegueira não é simplesmente a somatória de duas deficiências e sim uma dificuldade com características únicas que deve ser tratada de modo especial, pelas dificuldades que o surdocego tem para contatar o mundo e conseguir inserir-se nele (Legati-1995).

DEFINIÇÃOÉ uma deficiência única, com graves perdas visual e auditiva combinadas. Essa condição leva a pessoa surdocega a ter necessidade de formas específicas de comunicação, para ter acesso à educação, lazer, trabalho, vida social, etc.” Não há necessariamente uma perda total dos dois sentidos.

TIPOS DE SURDOCEGUEIRA
- Cegueira congênita e surdez adquirida
- Surdez congênita e cegueira adquirida
- Cegueira e surdez congênita
- Cegueira e surdez adquirida
- Baixa visão com surdez congênita
- Baixa visão com surdez adquirida

ETIOLOGIAS (CAUSAS)

PRÉ NATAIS
-Rubéola
- Citomegalovírus
-AIDS
-Herpes
-Toxoplasmose
-Sífilis congênita
PERI NATAIS
- Prematuridade
-Falta de oxigênio
-Medicação ototóxica
-Icterícia

PÓS NATAIS
-Meningite
-Medicação Ototóxica
-Otite média crônica
-Sarampo
-Caxumba
-Diabetes
-Asfixia

CLASSIFICAÇÃO:

SURDOCEGO PRÉ-LINGUÍSTICO
Crianças que nascem surdocegas ou adquirem a surdocegueira em tenra idade, antes da aquisição de uma língua.
A criança surdocega pré-linguística apresenta graves perdas visuais e auditivas combinadas, não adquire uma imagem real do mundo em que vive; não pode aprender de imediato com as pessoas com as quais convive, o que estas fazem ou falam, provavelmente não saberá o que tem ao seu redor, o que se passa e nem sequer sabe que faz parte do mundo. Sua vida pode ser um caos, se não houver intervenção. Precisamos proporcionar a informação necessária de forma que algo tenha sentido para ela. Sem intervenção é provável que seu mundo seja seu próprio corpo, nada existindo fora de si mesmo e não existindo razão para explorar e comunicar-se (Grupo Brasil – Apascide, 2001).

SURDOCEGO PÓS-LINGUÍSTICO
Crianças, jovens ou adultos que apresentam uma deficiência primária (auditiva ou visual) e adquirem a outra, após aquisição de uma língua (Português ou Língua de sinais), como também ocorre aquisição da surdocegueira sem outros antecedentes.

FORMAS DE COMUNICAÇÃO

SURDOCEGO PRÉ-LINGUÍSTICO
-Objetos de referência e pistas
-Cadernos de comunicação
-Desenhos
-Gestos naturais
-Gestos indicativos
-Sinais adaptados
-Movimentos corporais
-Gestos contextuais
-Expressão facial

(Tadoma)
SURDOCEGO PÓS-LINGUÍSTICO
-Língua de Sinais tátil
-Língua de sinais em campo reduzido
-Alfabeto manual tátil
-Sistema braile tátil ou manual
-Escrita na palma da mão
-Tablitas alfabéticas
-Tadoma
-Leitura labial
-Escrita em tinta
-Materiais técnicos alfabéticos com retransmissão do braile
-Sistema malossi
-Língua oral amplificada

O DESENVOLVIMENTO SENSORIAL E PERCEPTIVO NA CRIANÇA SURDOCEGA
Crianças surdocegas tem dificuldade em comunicar-se. O mundo apresenta-lhes como algo caótico, desorganizado e potencialmente perigoso que as torna incapazes de se aventurarem na sua descoberta (Fox, 1985).
As limitações derivadas, quer de déficits sensoriais, quer de déficits neurológicos, dificultam o acesso à informação.
Por outro lado, as dificuldades de integração das várias informações sensoriais, num todo com sentido, fazem com que as limitações no conhecimento do mundo se tornem ainda maiores.
Se através da visão, a criança normal aprende a reconhecer o rosto da mãe quando esta se aproxima e a antecipar o movimento quando quer lhe pegar, para crianças surdocegas esta experiência revela-se, muitas vezes, uma ameaça potencial, pois não há informação sensorial que a prepare de forma eficiente para o que vai acontecer. O contato corporal torna-se deste modo muitas vezes desencadeador de choro e mal estar porque é sentido como perigoso. A criança fica dependente da informação tátil para poder dar-se conta do que vai acontecer. Só que essa informação não permite tempo suficiente para recebimento do estímulo. Este tempo, sempre presente no caso da informação auditiva e visual, dá a criança normal possibilidade para se organizar.
Algumas crianças tendem assim evitar o contato físico por não serem capazes de antecipar que uma determinada pessoa pode lhe proporcionar um contato agradável.
Este tipo de funcionamento ocasiona na mãe alguma dificuldade em relembrar ocasiões em que suas tentativas de contato físico com a criança tenham sido agradáveis, o que impede o estabelecimento de relações significativas, com repercussões em todo o desenvolvimento sócio-afetivo (Clark & Seifer, 1983).
Por seu lado, a falta de uma relação significativa origina, como se sabe, sentimentos de insegurança que dificultam qualquer investimento na exploração do ambiente.
A criança fica assim duplamente privada de possibilidade de aprendizagem: por um lado a insuficiente informação sensorial dificulta ou impede a apreensão de dados do ambiente, por outro lado, as suas dificuldades no estabelecimento de uma relação de segurança básica, associadas às deficiências sensoriais, dificultam-lhe o desenvolvimento da capacidade exploratória que lhe permitiria aprender dados novos sobre o ambiente em que está inserida.

A COMUNICAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS SURDOCEGAS
Muitas crianças surdocegas, não tem capacidade de desenvolver linguagem abstrata ou fala como modo de comunicação.
A comunicação deverá assim, ser a prioridade número um e o centro de toda a nossa intervenção com,indivíduos com este tipo de deficiência.
A comunicação melhora a qualidade de vida. Quanto mais severa for a deficiência, mais isolado pode se tornar o indivíduo. A comunicação liga os indivíduos ao mundo, torna-o capazes de estabelecer relações com outras pessoas, diminuindo assim o seu isolamento. Helen Keller disse que antes de poder comunicar-se era uma pessoa frustrada e confusa e a vida tinha pouco significado.
É essencial que todas as pessoas envolvidas no dia a dia de uma criança surdocega considerem a comunicação nesta perspectiva alargada. Comunicação é mais do que ser capaz de usar a fala ou mesmo de desenvolver linguagem.
A fala é apenas uma capacidade motora de expressão oral de elementos que nos serve como instrumento de transmissão da linguagem. Pode ser substituída por outros instrumentos como os gestos, a escrita ou sistemas gráficos. Para que seja funcional implica sempre o desenvolvimento subjacente da linguagem.
A linguagem é um sistema simbólico. È uma capacidade de usar um conjunto de regras que definem a estrutura do código utilizado. Este código varia em função da comunidade em que a pessoa está inserida.
Comunicar é mais do que ser capaz de falar ou de ter linguagem. A comunicação é um processo em que estão obrigatoriamente envolvidas pelo menos duas pessoas com uma vontade comum de troca de informação. Implica a capacidade de entender e produzir informação significativa para o outro.
Tanto professores como os pais precisam observar e responder a todas as formas de comunicação não simbólicas apresentadas pela criança. Estas podem ser apenas pequenos movimentos, riso, choro, apontar, dirigir o olhar para algum objeto, etc.
Por vezes alguns destes comportamentos não simbólicos, como levantar um braço ou o piscar de olhos pode ser, de início, não intencionais, mas é importante dar-lhe intencionalmente e responder-lhes para que a criança aprenda a usa-los significativamente. Em crianças com limitações graves de comunicação e atribuição de significados a comportamentos como estes pode significar-lhes, por exemplo, a capacidade de pedir mais ou de recusar alguma coisa, o que é um passo fundamental na sua qualidade de vida.
Vamos considerar três aspectos fundamentais relativamente à comunicação. Em primeiro lugar todas as crianças se comunicam, independentemente das suas dificuldades, sendo apenas necessário movimento para que se possa desenvolver a comunicação. Nenhum sistema de símbolos,isoladamente, serve às necessidades de todas as crianças. Cada criança deverá ser encorajada a usar vários modos de comunicação. Finalmente, todos os indivíduos têm direitos básicos de comunicação.


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FILME: O MILAGRE DE ANNIE SULLIVAN

OBS: A criança surdocega que ainda não conseguiu estabelecer uma forma de comunicação, apresenta comportamentos esteriotipados e agressivos, muitas vezes sendo confundida com doente mental. Isso acontece pois não sabe o que se passa a sua volta, o que esperam dela, o que vão fazer com ela, ou o que está por vir. Por isso a importância de um atendimento especializado para que se possa estabelecer uma forma de comunicação o quanto antes, para diminuir a angústia não só da criança, como também da família para que ela possa desenvolver-se plenamente, caso contrário pode ficar seriamente comprometida pelo resto da vida.








SinopseEm 1887, no Alabama, a jovem Helen Keller, cega e muda, desde a infância, devido a uma congestão cerebral, está a ponto de ser enviada para uma Instituição especializada em doentes mentais. Sua falta de habilidade para se comunicar a deixou frustrada e violenta. É um tempo difícil no sul dos Estados Unidos.
Desesperados, seus pais procuram ajuda junto ao Perkins Institute, de Boston, que lhes encaminha a jovem Annie Sullivan para ser tutora de sua filha. Annie acabara de concluir seu curso, de modo que Helen será sua primeira aluna.
Em sua incansável tarefa para tentar fazer com que Helen se adapte e entenda, pelo menos em parte, o mundo que a cerca, Annie não se mostra condescendente nem a trata como uma pessoa deficiente. Com essa atitude e determinação, entra muitas vezes em confronto com os pais de Helen, que sempre sentiram pena da filha e a mimaram. Por várias vezes, o pai a ameaça de mandá-la embora. A situação chega a tal ponto que Annie diz que, para seu trabalho apresentar bons resultados, é preciso que ela e Helen passem a morar sozinhas numa outra casa da família.
A tarefa é realmente difícil, mas com pulso firme e muito amor, Annie consegue, em relativamente pouco tempo, tornar Helen uma garota dócil, bem como, fazer com que ela aprenda a linguagem dos dedos e a pronunciar suas primeiras palavras.

CríticasBaseado no livro autobiográfico "The Story of my Life" de Helen Keller, "O Milagre de Annie Sullivan" é um grande clássico do cinema americano. Realizado pelo cineasta Arthur Penn, o filme é comovente e retrata a luta pela vida , nesse caso, contra a adversidade.
A direção de Arthur Penn é soberba. O roteiro, assinado por William Gibson, é muito bem escrito e estruturado. As interpretações de Anne Bancroft e Patty Duke são impactantes em sua sinceridade brutal. A emoção envolve o espectador à medida em que o personagem vivido por Patty Duke vai-se despojando de suas defesas e aversões para descobrir algo novo entre elas, o milagre a que o título se refere.
Enfim, "O Milagre de Annie Sullivan" é um filme imperdível.

Assista um trecho do filme:

http://www.youtube.com/watch?v=aVq5ujpIITc

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BLACK

um filme indiano de Bollywood que fala sobre o drama de uma criança surdocega;
inspirado na vida da lendária escritora surdocega Helen Keller e sua professora Anne Sullivan.

"Meu nome é Michelle McNally,
filha mais velha de uma família anglo-indiana residente em Shimla.
Essa história é sobre eu e meu professor,
uma história sobre duas pessoas deixadas inacabadas por Deus,
que lutaram uma batalha contra o destino
e tornaram possível o impossível.
O mundo em minha história é diferente,
onde o som transcende em silêncio
e a luz, em trevas.
Este é meu mundo,
onde nada pode ser visto ou ouvido.
Só há um nome para meu mundo...
ESCURIDÃO
Quanto tempo você pode viver nesta escuridão?
Uns poucos momentos... horas... dias?
Durante 40 anos tenho vivido nesta escuridão.
Durante 4 anos tenho realizado minha prova final em Artes...
e durante doze anos, tenho ido a esta igreja, todo domingo.
Mas aquele domingo era especial.
Sentia que Deus escutaria minhas preces.
Minha única prece era
que meu professor voltasse para mim.
Minhas orações tardam em chegar a Deus,
e Ele demora em torná-las realidade,
mesmo naquele domingo não encontrei o meu professor.
Naquela tarde, Sara e eu voltávamos para casa
quando, de repente...

assista um trecho do filme...

http://www.youtube.com/watch?v=-6VgqE9M5L0
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Se você conhece alguma criança com surdocegueira, ou cega com resíduo audivo, ou surda com resíduo visual, alerte a família para que ela seja encaminhada o quanto antes para o atendimento especializado, segue abaixo o endereço de Instituições especializadas neste atendimento:

GRUPO BRASIL DE APOIO AO SURDOCEGO E AO MULTIPLO DEFICIENTE SENSORIAL

http://www.grupobrasil.org.br/

AHIMSA - ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL PARA MÚLTIPLA DEFICIÊNCIA

http://www.ahimsa.org.br/

domingo, 29 de março de 2009

BEM VINDO À HOLANDA!

Depoimento de uma mãe que dá a luz a uma criança com deficiência

Por Emily Perl Knisley (1987)

Frequentemente sou solicitada a descrever a experiência de dar à luz a uma criança com deficiência. É uma tentativa de ajudar pessoas, que não tem com quem compartilhar essa experiência única, a entendê-la e imaginar como vivenciá-la.
Seria Como...
Ter um bebê é como planejar uma fabulosa viagem de férias para a Itália! Você compra montes de guias e faz planos maravilhosos! O Coliseu. O Davi de Michelangelo. As gôndolas em Veneza. Você pode até aprender algumas frases em italiano. É muito excitante.
Após meses de antecipação, finalmente chega o grande dia! Você arruma suas malas e embarca. Algumas horas depois você aterrisa.
O comissário de bordo chega e diz: -“BEM VINDO À HOLANDA!”
“Holanda!? Diz você, o que quer dizer Holanda?!? Eu escolhi a Itália! Eu devia ter chegado à Itália. Toda minha vida eu sonhei em conhecer a Itália”. Mas houve uma mudança de plano de vôo. Eles aterrissaram na Holanda e é lá que você deve ficar.
A coisa mais importante é que não te levaram a um lugar horrível, desagradável, cheio de pestilência, fome e doença. É apenas um lugar diferente. Logo, você deve sair e comprar novos guias. Deve aprender uma nova linguagem. E você irá encontrar um novo grupo de pessoas que nunca encontrou antes.
É um lugar diferente. É mais baixo e menos ensolarado que a Itália. Mas, após alguns minutos, você pode respirar fundo e olhar ao redor... e começar a notar que a Holanda tem moinhos de vento, tulipas e até Rembrandts e Van Goghs.
Mas, todos que você conhece estão ocupados indo e vindo da Itália. .. e estão sempre comentando sobre o tempo maravilhoso que passaram lá. E por toda a sua vida, você dirá: "Sim, era onde eu deveria estar. Era tudo o que eu havia planejado." E a dor que isso causa, nunca, nunca irá embora. Porque a perda desse sonho é extremamente significativa.
Porém... se você passar a sua vida toda remoendo o fato de não haver
chegado a Itália, nunca estará livre para apreciar as coisas belas muito especiais... sobre a Holanda.
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PRESENTE A UMA CRIANÇA CEGA

A Pessoa que Me Queira Escutar.


•Ofereça-me liberdade para que eu possa usar minhas mãos, meus pés e todos os meus sentidos com plenitude.
•Ofereça-me desafios para que os enfrente, desfrute e aprenda com eles, podendo crescer em experiência e segurança.
•Ofereça-me independência ajudando-me naquilo que não posso e estímulo em fazer aquilo que posso.
•Ofereça-me limites como a todas as crianças para que eu possa crescer como pessoa.
•Ofereça-me exigências para que eu possa mostrar toda a minha capacidade.
•Ofereça-me igualdade de oportunidades para que eu triunfe na vida de acordo com meus esforços e perseverança.
•Ofereça-me uma bengala e incentiva-me a usá-la, para não depender de bengalas humanas.
•Ofereça-me apoio e não ocupar-se por mim.
•Ofereça-me amor apesar de minha diferença, mas não me ofereça superproteção, indiferença nem compaixão, porque são esforços inúteis.
•Se me oferece tudo isso serei completamente feliz e poderei fazer felizes todos ao meu redor.
(Traduzido por Marco Antonio de Queiroz do site argentino: Taller de Teatro para Actores Ciegos, infelizmente hoje já inexistente)




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